terça-feira, 5 de julho de 2011

A Apropriação da Cultura

          O bar é possuidor de uma cultura e por meio dela aproxima os indivíduos em torno de um objeto de inspiração: o bem- estar. É um reduto do escapismo, mais do que um simples ponto de encontro e de venda de cerveja, ele é literalmente como diz o dito popular, lugar para se “afogar as mágoas”.
O que ocorre é uma inversão de valores: o que antes era uma simples forma de lazer agora ganha valores mercadológicos que padronizam o próprio lazer individual. O bar é uma forma de lazer, mas que vem sendo tomado por uma indústria consumista, que visa o lucro e não o verdadeiro significado de bem-estar pessoal.
As indústrias de cervejas patrocinam os bares, conseguem sua exclusividade e divulgam sua marca. Mas o dono do bar também ganha com isso. Além do dinheiro, ganha móveis, equipamentos, pinturas e placas. Mas onde fica sua individualidade? Onde está a tradição?
Há uma modificação na tradição do bar. A decoração, que antes era uma preocupação do dono do bar, é delegada a indústria de cerveja. O que ocorre, e que é nosso objeto de estudo, é a padronização dos bares, todos eles com as mesmas placas, mesmas cores na fachada, sempre as mesmas cervejas. Lembrando Karl Marx: “A quem interessa o lucro?”.
O bar lucra, a indústria de cerveja lucra. E o consumidor, lucra?

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